O que fazer em Quito?
São Francisco de Quito, ou para simplificar, Quito, é a capital do Equador e se encontra a uma altitude de aproximadamente 2800 metros sendo a segunda capital de país em maior altitude do mundo, perdendo apenas para La Paz na Bolívia. Essa característica determina que o clima da cidade seja mais ou menos estável e, de certa forma, ameno, com temperatura média em tornos dos 18°C e períodos de chuva, principalmente entre junho e setembro.
A cidade é formada por um relevo bastante acidentado, o que torna as caminhadas um pouco cansativas, levando-se em consideração a altitude local.
Nosso primeiro dia na cidade foi para adaptação, já que a altitude interfere bastante na nossa capacidade respiratório. Não se ilude, mesmo a 2800 metros, qualquer passo mais rápido fará você ficar ofegante.
Logo cedo fomos ao teleférico de Quito e depois fomos almoçar no centro histórico.
Teleférico e centro histórico
O teleférico de Quito te leva da altitude de dois mil e poucos metros até mais de quatro mil metros. Foi o passeio de teleférico mais legal que já fizemos, devido à paisagem, altitude e características do lugar.
Chegamos de taxi até a bilheteria onde compramos os bilhetes (US$ 8,50) e logo fomos para a fila. O trajeto leva uns 20 minutos e percorre 2.500 metros; a cabina é compartilhada com outras cinco pessoas.
Na subida, já é possível observar a beleza da vista pela encosta do Cerro Cruz Loma, e que leva também a encosta do vulcão Rucu Pichincha.
Logo que saímos da cabina, sentimos o vento frio. A quatro mil metros, a temperatura é bem mais baia que na base do morro, então, vá prevenido com blusas quentes, gorros e luvas. Outra sensação é a de que o oxigênio ficou na base do morro! Ande devagar e com calma, para não passar mal.
Há várias trilhas para seguir. A vista por todos os lados é deslumbrante. É possível ver vários dos vulcões que cercam Quito no “Mirador de los Volcanes”. É possível caminhar bastante por lá e ainda, se quiser, andar a cavalos por algumas trilhas.
Completando o passeio, passe nas lojinhas e na lanchonete.
Na base do teleférico, há um parque de diversões e alguma estrutura de lazer para crianças.
Um balanço bem perto do precipício... para os fortes! |
Pegamos um taxi e fomos ao centro histórico.
Com relação aos táxis, vale um comentário. Infelizmente nem todos os motoristas são honestos e acabam manchando a reputação de seus colegas trabalhadores.
Pegamos um taxi na base do teleférico (não era um ponto oficial de taxi). O motorista muito falador, simpático, conversou, perguntou mil coisas sobre o Brasil... só para distrair. Motoristas de taxis muito falantes, desconfiem (tivemos uma experiência parecida em Bogotá). No final da corrida, fomos pagar o valor, (bem acima do que achávamos que deveria ser, mas nem discutimos), com uma nota de 20 dólares, o motorista sempre falante para te distrair, pegou a nota e segundos depois a devolveu dizendo que não tinha troco, pegamos outra nota e pagamos com mais trocados. Quando fomos pagar o almoço, usamos essa nota e, para nossa surpresa, a recepcionista foi logo atrás da gente, pedindo para que trocássemos a nota, porque era falsa. E era, a nota era de um papel muito estranho, liso, muito parecido de um modo geral, mas no toque, era fácil perceber que não era uma nota original. Pois é, fiquem espertos. Hoje, entramos em qualquer taxi e ficamos quietos, não conversamos muito, ficamos atentos a tudo.
Mas, perrengues a parte, nosso passeio pelo centro histórico foi ótimo.
O centro histórico de Quito, tombado como patrimônio mundial pela Unesco, é um dos mais preservados do continente possui inúmeras praças e igrejas. Caminhamos bastante pelas ruas íngremes do lugar e paramos para almoçar num restaurante localizado na Plaza Grande. Continuamos a caminhar após o almoço.
No caminho, visitamos o Museu Camilo Egas, com obras do importante artista equatoriano.
A Basílica do Voto Nacional é simplesmente linda, com arquitetura gótica, foi construída entre final do século XIX e início do século XX em seu interior, muitos vitrais que tornam o ambiente muito bonito. É possível também subir em suas torres, por escadas estreitas e íngremes, o que permite ao corajoso turista que se aventurar uma bela vista da cidade.
Ao final da tarde, depois de um gostoso café com cookie na República del Cacao, voltamos para a Plaza Foch e para o hotel,
Caminhamos um pouco pelos arredores e fomos jantar na Crepes & Waffles, nosso restaurante imperdível em viagens pela América do Sul.
Crepes & Waffles |
O Museu Nacional do Equador abriga um belo acervo com peças pré-colombianas e coloniais.
Em uma das salas, um verdadeiro orgulho nacional: a obra Os Mulatos de Esmeraldas do pintor quitenho Andrés Sánches Gallques, de 1599 que faz parte do acervo do Museu da América de Madri e que, por empréstimo, voltou para casa. A recepcionista do museu não se conteve em apresentar a obra, realmente de uma riqueza incrível.
Na parte de trás desse museu, fica o Museu de Arte Benjamín Carrión, com obras modernas, exposição de instrumentos musicais e um corredor com obras de cunho erótico.
Saímos do museu e fomos para a praça em frente, O Parque Ejido e caminhamos até o Mercado Artesanal La Mariscal, onde há uma infinidade de lojas com artesanatos e lembrancinhas para comprar.
Depois fomos comer algo no Shopping Quicentro, onde terminamos nosso dia de turistas.
Na Plaza Foch, há uma loja da QuitoTour, uma agência de turismo que faz vários roteiros de um dia pelos arredores de Quito. Nós compramos três passeios: Cotopaxi, Quilotoa e Cidade da Metade do Mundo. Os preços dos passeios eram aceitáveis e incluíam transporte, guia e lanches e/ou refeição. De um modo geral foi um bom custo benefício.