A viagem de Lima a Nasca leva
pelo menos 8 horas pela Rodovia Panamericana Sur, que atravessa o deserto
peruano. Não há lugares para paradas na rodovia (restaurantes, postos de
gasolina), a única parada rápida foi em Paracas para descida de passageiros, e
segue viagem.
DICA 1: no ônibus há toilete e
serviço de bordo, mas, se você for chata(o) pra comida como eu, não se esqueça
de comprar algo para comer em Lima, seja salgadinho, chocolate, bolacha, refrigerante,
qualquer coisa, eu sofri um bocado por não ter conseguido comprar nada e eu não
consegui comer o que serviram.
Saímos de Lima por volta das 14
horas e chegamos a Nasca por volta de 22 horas. O guia nos levou até o hotel,
que já estava com a cozinha fechada, ou seja, não havia o que comer. Depois de
muita conversa, conseguimos convencer a recepção do hotel a fazer uns
lanchinhos de pão com queijo. Ficamos no Hotel La Maison Suisse, localizado na
própria Rodovia Panamericana Sur e muito perto do aeroporto, o hotel fica num
terreno grande cheio de árvores e tem piscina, apesar de básico os quarto eram
grandes e arrumados e o café da manhã, bom.
Fachada do Hotel La Maisson Suisse |
No dia seguinte saímos muito cedo
para o sobrevoo sobre as linhas de Nasca. Quando o guia nos disse que sairíamos
sem tomar o café da manhã, quase surtamos, foi revolta geral (como nós, seres
humanos, somos intransigentes né?) mesmo com o guia dizendo que seria melhor
assim, todos ficamos irritados. Com revolta e tudo, fomos para o aeroporto e
pegamos o primeiro voo do dia. Que coisa mais emocionante! Como é incrível e
para uma leiga como eu, inexplicável aqueles desenhos perfeitos no solo do
deserto... para quê, porquê? O piloto foi nos mostrando todos os desenhos e
explicando algumas coisas, mas sinceramente não prestei muita atenção, eu só
queria olhar tudo aquilo.
Além das figuras muito
conhecidas, como o beija flor, a aranha e o macaco, há também algumas que são
intrigantes, como a baleia (Nasca não fica no litoral), um animal que parece um
filhote de dinossauro e uma figura antropomórfica, que parece estar vestida
como astronauta.
Ficamos sabendo que as linhas foram feitas por vários povos
diferentes que habitaram a região, sendo mais antigas as linhas retas e foram
evoluindo com o passar dos anos para figuras mais elaboradas.
No meio do voo, descobrimos o
porquê do fato de não tomar o café da manhã ser a melhor opção... o piloto faz
tantas curvas com o avião, para que todos os passageiros consigam ver as
figuras que não tem estômago no mundo que aguente, pessoas passaram mal mesmo
com o estômago vazio. Se estiver cheio, você vai passar mal com certeza!!! Se o
guia tivesse explicado que esse era o motivo, acho que não seríamos tão
enfáticos quanto ao café da manhã, coitadinho!
DICA 2: se puder faça o voo com o
estômago vazio.
Voltamos para o hotel e o café da
manhã estava a nossa espera. Que alívio!
Logo em seguida fizemos um
passeio por terra. Fomos até os aquedutos de Cantalloc, uma série de poços
interligados pelo subterrâneo que permitiam o escoamento da água, já que Nasca
localiza-se numa região desértica. Os antigos habitantes pré-colombianos
construíram esses aquedutos para permitir o acesso à água e para irrigação e o
mais incrível é que ainda hoje são utilizados.
Conhecemos também a Reserva
Turística Nacional de Nasca Las Agujas (As Agulhas), onde é possível ver uma
das linhas de Nasca de perto, como foram feitas. É uma experiência incrível.
Ficamos algumas horas livres para
almoçar e andar pela cidade. Por volta das 15 horas, pegamos o ônibus em
direção a Paracas.
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